sexta-feira, 13 de julho de 2012

         
 NOVO DECRETO PRORROGA ESTADO DO EMERGÊNCIA NO RN
 
          A emergência continua em 139 dos 167 municípios potiguares por causa da seca. O decreto nº 22.859, publicado no dia 11/07 pela governadora Rosalba Ciarlini (DEM) no Diário Oficial do Estado prorrogou por mais 90 dias a emergência da estiagem. A situação de emergência havia sido decretada no dia 11 de abril, através do decreto nº 22.637. A população afetada, segundo levantamento da Secretaria Estadual da Agricultura, da Pesca e da Pecuária (SAPE) é de 500 mil pessoas. No segundo semestre, "o sertanejo não terá o que consumir porque não produziu nada", alerta o meteorologista Gilmar Bistrot, da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn). No interior a situação contibua preocupando os pequenos produtores rurais e afetando o plantio. No decreto, Rosalba Ciarlini justifica que especialmente nas zonas rurais dos municípios afetados a falta de água prejudica a produção agrícola e a pecuária, assim como o consumo humano e animal. Além dos problemas sócioeconômicos que traz a seca, há "dificuldade, por parte da Administração Pública local de adotar medidas emergenciais que minimizem a situação de anormalidade", diz o decreto.

         Outro fator triste para o homem do campo é a previsão nada animadora de chuva nos próximos meses. O monitoramento feito pela Gerência de Meteorologia da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn) aponta que, entre janeiro e fevereiro de 2012, época em que normalmente mais chove no semiárido potiguar, houve "irregular distribuição temporal e espacial das chuvas". O relatório também aponta que nos meses seguintes a situação se manteve crítica. "Fica claro o predomínio de ocorrência de poucas e irregulares chuvas durante o mês de março, que segundo a climatologia é um dos meses, juntamente com o mês de abril, que apresenta maiores índices pluviométricos".
        Gilmar Bistrot, meteorologista da Emparn, afirmou que a previsão não é animadora. "A prorrogação do decreto já era previsível. O período mais seco do ano está por vir, entre setembro e novembro. Mesmo em épocas de chuvas normais, os índices médios nesse período são os mínimo. A média histórica acumulada é no entorno de 50 milímetros durante os três meses", explicou. "Em virtude da pouca chuva entre fevereiro e maio, os reflexos maiores serão sentidos agora no segundo semestre. Não houve produção de recursos naturais em virtude do período chuvoso ter sido abaixo do normal, nem de reserva hídrica nem de produção de agricultura. Infelizmente a stuação é bem crítica".