EXPLOSÕES OCORRIDAS NO SOL PODEM SER VISTAS COM MAIS INTENSIDADE EM 2012 E 2013
Os estudos mais recentes dos vários laboratórios internacionais que vasculham o espaço sideral têm mostrado que neste final de 2012 e em 2013 as atividades de combustão o sol estão se intensificando cada vez mais, podendo inclusive chegar a causarem danos ao planeta terra, dentre eles, os mais superficiais, são a destruição de transformadores de energia elétrica, as redes de comunicações de dados, os computadores e os eletrodomésticos em geral, bem como as máquinas que dispõem de componentes sensíveis a energia elétrica, como por exemplo os relés. A NASA, agência espacial americana, tem se dedicado ao acompanhamento dessas explosões solares procurando dimensioná-las e analisá-las tendo em vista o que podem provocar no planeta terra. No texto a baixo, uma análise resumida está posta na internet, no site Ecodebate, mostrando os possíveis estragos que podem ser causados pelas tempestades solares sobre a terra.
Explosão solar com jorro de material para o espaço sideral. Foto Nasa
Cientistas da Nasa e da Academia Nacional de Ciências, dos EUA, concluíram um surpreendente estudo que detalha minuciosamente o que pode acontecer em nossa moderna sociedade tecnológica caso ocorra um super flare solar seguido de uma extrema tempestade geomagnética. O estudo mostra que quase nada está imune à tempestade, nem mesmo a água das residências.
De acordo com as 132 páginas do relatório, o problema começa com as redes de distribuição, consideradas o pilar de sustentação de praticamente todos os serviços modernos existentes e que é extremamente vulnerável às instabilidades do tempo espacial.
Isso acontece devido às extensas linhas de transmissão que agem como antenas quilométricas, captando as correntes elétricas geradas durante as tempestades geomagnéticas. A sobretensão provocada pela tempestade é induzida nos transformadores do sistema de distribuição, que a propaga em toda a região servida causando diversos problemas no abastecimento elétrico. O mais famoso caso de um surto provocado por tempestade geomagnética ocorreu na moderna cidade de Québec, no Canadá, em março de 1989. Naquela ocasião mais de seis milhões de pessoas ficaram sem energia elétrica durante nove horas.
Explosão solar com materiais jogados para o espaço. Foto Nasa. |
Simulação
Para estimar o tamanho da pane que uma falha desse tipo pode causar os cientistas empregaram os dados da tempestade geomagnética ocorrida em maio de 1921, que induziu dez vezes mais eletricidade que a tempestade de 1989. Os dados foram introduzidos no modelo representativo da malha atual de distribuição norte-americana. Para espanto dos pesquisadores os resultados mostraram que um surto semelhante acarretaria a destruição de pelo menos 350 transformadores principais, deixando 130 milhões de pessoas sem energia elétrica.
Segundo o cientista John Kappenmann, um dos autores do trabalho, a perda de eletricidade atingiria em cheio o setor de infraestrutura social. “A distribuição de água seria afetada em poucas horas, os alimentos perecíveis e medicamentos estragariam entre 12 e 24 horas e os sistemas de aquecimento e resfriamento deixariam de funcionar. Em poucas horas o sistema de telefonia entraria em colapso e o abastecimento de água e combustíveis funcionaria precariamente. 95% da cadeia produtiva moderna deixariam de funcionar”, disse Kappenmann.
Danos Catastróficos
De acordo com a simulação, uma repetição do Evento Carrington poderia causar pesados danos sociais e econômicos. A sobrecarga poderia ser acompanhada de blackouts de radiopropagação e falhas nos satélites de comunicação e GPS, ocasionando a queda dos sistemas bancários e serviços emergenciais. Devido à falha os transportes também sofreriam com problemas de abastecimento de todos os tipos e os hospitais entrariam em colapso por tempo indeterminado.
O estudo mostra que a extensão do problema está diretamente ligada ao tempo necessário ao reparo das linhas. A substituição de transformadores de milhares de toneladas não é imediata, podendo levar semanas ou até meses para ser concluída. As perdas estimadas pela equipe ultrapassariam 2 trilhões de dólares, cerca de 20 vezes mais que os custos do furacão Katrina.
Explosão solar com material jogado para o espaço sideral. Foto Nasa.
A Mais Intensa
A tempestade geomagnética mais intensa que se tem registro foi denominada Evento Carrington e ocorreu entre agosto e setembro de 1859. A intensa tempestade foi testemunhada pelo astrônomo britânico Richard Carrington, que observou a tempestade através da projeção da imagem do sol em uma tela branca. Na ocasião, a atividade geomagnética disparou uma série de explosões nas linhas telegráficas, eletrocutando técnicos e incendiando os papéis das mensagens em código Morse.
Relatos informam que auroras boreais foram vistas até nas latitudes médias ao sul de Cuba e Havaí. Nas Montanhas Rochosas, no oeste da América do Norte, as auroras eram tão brilhantes que acordavam os camponeses antes da hora, que pensavam estar amanhecendo. As melhores estimativas mostram que o Evento Carrington foi 50% mais intenso que a supertempestade de maio de 1921.