Editorial
ARROGÂNCIA DO IRMÃO DE VAVÁ VAI ALÉM DA SUA CAPACIDADE INTELECTUAL
É lamentável e injustificável que um homem da postura do Senhor Adalberto Targino, conhecedor da lei, que assume um cargo importante no Governo do Estado do Rio Grande do Norte, de Procurador Estadual, por ocasião da posse de seu irmão Vavá, Prefeito de João Câmara, tenha se saído, no seu discurso, como representante da Governadora do Estado, com expressões pobres e de natureza perseguidora, pois o mesmo disse de alto e bom som, por transmissões na rádio do prefeito, que Vavá deveria colocar na cadeia aqueles que falavam mal dele. Sendo assim, vai colocar na cadeia grande parte da população de João Câmara.
É bem verdade que "não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da sua boca", pois assim está dito nas escrituras sagradas, porém, ao contrário do que propõe o irmão de Vavá, que por sinal tem um discurso bastante inflamado e agressivo quando vem aos palanques de João Câmara, a lei brasileira não está mais ao bel prazer da vontade ditatorial que antes havia nos quadros da Revolução de 1964, portanto, o Senhor Adalberto deveria respeitar mais as opiniões das pessoas e ensinar ao seu irmão Vavá a não fraudar licitações, a respeitar o dinheiro público, a não sacar cheques da prefeitura na boca do caixa dos bancos de forma irregular, a não perseguir os funcionários municipais que não votaram com ele ou então, deve aproveitar o ensejo para levar essas ameaças aos fiscais da CGU que disseram que na Prefeitura de João Câmara tinha uma quadrilha fraudando licitações.
É provável que os sintomas de ameaças tenham sido utilizados para calar a oposição e talvez dirigido a Juracy, que no seu blog da Nação Junina tem levantado algumas leves críticas a atos da administração de Vavá, mas não observa o feitor do discurso inflamado que as rádios que Vavá administra em João Câmara, diariamente inflama a oposição e bate forte no comportamento de seus adversários, sempre ao bel prazer dos interesses politicos do prefeito. Não ameace calar a oposição, ameace seu irmão Vavá para respeitar o dinheiro do povo e não fraudar licitações na prefeitura e, por falar em fraudar licitações, parece que vocês têm força mesmo sobre as outras autoridades, pois o que a Polícia Federal, juntamente com a CGU já apuraram na administração de Vavá, se fosse em outras cidades o prefeito e seus assessores já estariam na cadeia.
Mas de Vavá não se tem o que falar dele, pois pela riqueza e arrogância, as pessoas têm medo, mas pelo fechamento do matadouro, fechamento da central do cidadão, fechamento do mercado público, pelo curral do gado espedaçado na beira da pista, pelos tratores comprados a URFESA de Mossoró, pela vontade de derrubar o torreão, pelo superfaturamento de medicamentos, pela falta de merenda escolar nas escolas e por tantas outras coisas que teremos oportunidades de falar, é possível se falar mal de Vavá, a menos que se tenha medo das ameaças do seu irmão Adalberto Targino. Parece que o Senhor Adalberto esqueceu que vivemos em um Estado Democrático de Direito onde a lei impera sobre a vontade pessoal e entre o desejo de um e o feito de outro, há um Juiz que decide, e não a arrogância do poder que se impõe. A expressão mais democrática e passiva de compreensão seria para que o prefeito abrisse processo contra aqueles que falam dele, mas ia abrir contra muita gente e, por reconvenção...meu Deus do Céu!
(José Ribamar Leite)